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A 3ª Edição decorre no mês de Outubro (12,13,e 14), sob o tema “educação, cultura de paz e cidadania africana como ferramentas para o desenvolvimento sustentável do continente”.
Iniciado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), União Africana (UA) e pelo Governo da República de Angola, e instituído pela Decisão 558/XXIV, adoptada em 2015 na 24.ª Sessão Ordinária, a Bienal de Luanda – Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, é um encontro bianual de apoio ao Movimento Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência.
A 1.ª edição da Bienal decorreu de 18 a 22 de setembro de 2019 e a segunda decorreu de 27 de novembro a 2 de dezembro de 2021.
A Bienal de Luanda contribui para a implementação do "Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África", adoptado em março de 2013 em Luanda ( Angola), no âmbito da campanha da União Africana "Act for Peace"; Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 16 e 17 da Agenda 2030 das Nações Unidas; As sete Implementações da Agenda 2063 da União Africana, "A África que queremos", bem como a iniciativa "Silenciar as Armas em África" até 2030. Faz também parte da Estratégia Operacional da UNESCO para África Prioritária (2022-2029).
Como parte da implementação das Aspirações da Agenda 2063 da União Africana e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, em particular do Objectivo 4.7 sobre a promoção da cidadania global, este projecto contribui para a promoção da educação para a cidadania Pan-africana e o estabelecimento de um programa de alfabetização de cidadãos africanos baseado em Humanitas Africanas para a promoção de sociedades africanas inclusivas e justas, democrática e respeitadora dos direitos humanos.
A terceira Bienal contribui para a implementação de vários programas emblemáticos, incluindo:
Programa emblemático 1: Campus África: Reforçar o Ensino Superior em África (ED)
O objectivo geral do Campus Africa - "construir sistemas e instituições de ensino superior integrados, inclusivos e de qualidade para construir sociedades inclusivas e equitativas no continente", é o mesmo da Bienal, que visa contribuir para a criação de sociedades mais pacíficas e justas.
Em particular, o interesse da Bienal em apoiar as mulheres e os grupos marginalizados/vulneráveis no acesso a oportunidades para melhorar os seus meios de subsistência reflecte-se numa das quatro áreas-chave do Programa Emblemático 1, incluindo " apoiar a inclusão de mulheres e homens no ensino superior, bem como de grupos vulneráveis, em particular através de medidas destinadas a pessoas forçadas a serem afectadas por crises".
Programa emblemático 2: A História Geral de África.
Catalisador da concretização da Agenda 2063 e da Agenda 2030 (ED-SHS-CLT), cujo objectivo é muito próximo do da Bienal de Luanda: promover sociedades africanas inclusivas justas, democráticas e respeitadoras dos direitos humanos e do Estado de direito.
Programa emblemático 3: «Promover o património cultural e o desenvolvimento de capacidades» (CLT)
A segunda edição da Bienal em 2021 foi organizada e alinhada com o tema da União Africana para 2021 "Artes, Culturas e Património: Alavancas para Construir a África que Queremos".
Durante os fóruns temáticos (27-28 de novembro), as sessões da Aliança de Parceiros (1-2 de Dezembro de 2021) e o Diálogo Intergeracional (27 de Novembro de 2021), mais de 120 peritos, 60 parceiros e 120 jovens elaboraram o contributo das artes, da cultura e do património para uma paz sustentável. Elaboraram uma lista de boas práticas e um roteiro de potenciais projectos, reunidos, respectivamente, no cathalogue de boas práticas e no roteiro da Bienal.
Programa emblemático 5:
Reforço da Ciência Aberta, Desenvolvimento de Capacidades em Ciências Básicas e Aplicadas e Investigação Científica de Apoio à Inovação e ao Desenvolvimento Tecnológico e Utilização na Ciência Oceânica, na Resiliência às Alterações Climáticas e na Gestão dos Recursos Hídricos em África (SC-COI).
O roteiro da Bienal, em particular o tema IV (Aproveitar o potencial dos oceanos para o desenvolvimento sustentável e a paz) visa contribuir para o programa emblemático 5, com a iniciativa sub-regional "Reforçar as capacidades institucionais em oceanografia e vulnerabilidade costeira na África Central", que prevê a criação de um grupo de reflexão e investigação sobre a vulnerabilidade costeira em África, no contexto da Agenda 2063 e, em particular, da "Estratégia Marítima Integrada da União Africana para 2050", da "Década Africana para os Mares e Oceanos de África (2015-2025)" e da "Carta Africana sobre Segurança Marítima e Segurança e Desenvolvimento em África".
A Estratégia Continental de Educação da União Africana para África (CESA 2016-2025) é uma fonte crucial de inspiração e lições aprendidas para os debates e projectos da Terceira Bienal.
À semelhança da Bienal, a CESA examina a educação através das lentes dos valores e da cidadania africana; Esta estratégia é impulsionada pela vontade de criar um sistema de educação e formação de qualidade que proporcione ao continente africano recursos humanos eficientes, adaptados aos valores fundamentais africanos e, por conseguinte, capazes de concretizar a visão e as ambições da União Africana.
Por último, a terceira Bienal desenvolverá e contribuirá para o seguimento das recomendações do recente relatório publicado conjuntamente pela UNESCO e pela União Africana: Educação em África. Colocar a equidade no centro das políticas.
O relatório contém recomendações muito claras que servirão para orientar as discussões sobre educação na terceira Bienal de Luanda. O relatório inclui ainda as recomendações da Cimeira da Transformação da Educação, que decorreu em setembro de 2022.
Graças ao envolvimento das Comunidades Económicas Regionais (CER) e de alguns parceiros-chave, tem havido um processo de apropriação da Bienal em diferentes regiões de África. Por exemplo, em setembro de 2022, a Comunidade Económica da África Central ( CEAC) organizou a primeira Bienal sobre a Cultura de Paz para a África Central, em colaboração com a equipa da Bienal de Luanda.
A ideia é que as outras CER organizem outras Bienais Sub-Regionais explorando os temas da cultura de paz, educação e identidade em suas sub-regiões, tal como indicado no memorando de colaboração entre as CER e a Bienal de Luanda. Prevê-se que as outras CER organizem outras bienais sub-regionais que explorem os temas da cultura de paz, educação e identidade nas suas sub-regiões.