Angola destaca estratégia para prevenção e resolução de conflitos
O Embaixador e Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas, Francisco José da Cruz, destacou, a 2 de Agosto, na sede da ONU (Nova Iorque), a estratégia diplomática do país para a prevenção, gestão e resolução de conflitos, assente no compromisso com a Declaração e Programa de Acção sobre uma Cultura de Paz.
Ao intervir no Fórum de Alto Nível, que marcou a celebração do 25º aniversário da Adopção da Declaração e do Programa de Acção sobre a Cultura de Paz, sob o lema “Cultivar e nutrir a cultura de paz para as gerações presentes e futuras”, Ramos da Cruz afirmou que a cultura de paz e não-violência tem uma relevância cada vez mais estratégica para a agenda multilateral.
“ A cultura de paz e não-violência tem uma relevância cada vez mais estratégica para a agenda multilateral, a fim de encorajar o diálogo, o respeito e a tolerância entre os Estados-membros, prevenindo conflitos e promovendo a paz e a segurança”, disse o diplomata.
Realçou que, devido às tensões geopolíticas, a paz continua a ser ilusória em várias regiões do mundo, incluindo em África, um continente onde as comunidades estão envolvidas em conflitos ou vivem com o perigo persistente do terrorismo e do extremismo violento, e os países enfrentam a incerteza de mudanças inconstitucionais de governo ou transições políticas indefinidas.
Considerou ser primordial a adopção de formas de governação participativas e inclusivas que possam contribuir para a promoção de uma cultura de paz - valores, atitudes e comportamentos que respeitem a vida, coloquem os direitos humanos em primeiro plano, condenem a violência em todas as suas formas e defendam a plena adesão aos princípios da liberdade, da justiça, da solidariedade e da tolerância.
Francisco José da Cruz referiu que, Angola sendo um país que viveu décadas de violência e divisões antes de alcançar a reconciliação e a estabilidade nacional em 2002, defende a paz como um processo abrangente e dinâmico que requer relações não violentas quer entre os Estados e entre estes e os seus cidadãos , quer entre indivíduos, grupos sociais, os seres humanos e o seu meio ambiente.
Realçou que Angola, no âmbito da sua estratégia diplomática para a prevenção, gestão e resolução de conflitos, e compromisso com a Declaração e Programa de Acção sobre uma Cultura de Paz, tem vindo a acolher o Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz em África - Bienal de Luanda, desde 2019.