Filipe Mukenga figura entre as atracções do Fest Jazz no Shopping Fortaleza
O músico angolano Filipe Mukenga figura, ao lado do guitarrista moçambicano Jimmy Dludlu e do saxofonista norte-americano Steve Carrington, entre as grandes atracções do Festival Internacional de Jazz, que se realiza nesta quarta-feira, 30 de Abril, às 19h00, no Shopping Fortaleza.
O evento é uma iniciativa do ResiliArt Angola, uma realização conjunta da American Schools of Angola, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e Governo de Angola, no âmbito da Comissão Multissectorial da Bienal de Luanda.
No cartaz constam artistas nacionais e estrangeiros,com realce para Anthony Wonsey, Billy Edwards, Justin Sparks e Lioyd Hughes, dos Estados Unidos da América, o sul-coreano Minchan Kim e os angolanos Mário Gomes e Dimilde Tunico, que actuarão para uma plateia de 800 espectadores.
O concerto foi anunciado essa terça-feira em conferência no Centro de Imprensa Aníbal de Melo pelo coordenador da Organização ResiliArt Angola, Marcos Agostinho, acompanhado pelo moçambicano Jimmy Dludlu e o músico americano Steve Carrington.
Marcos Agostinho realçou que um dos objectivos principais para esta edição é o de comemorar o estilo musical como ferramenta da liberdade , resistência cultural , estimular o intercambio artístico entre África e América, promover a excelência musical angolana e posicionar Angola como uma referência africana de diplomacia cultural.
Santiago Kinkela, porta-voz, revelou o tema proposto para o evento Ressonância da Liberdade. Acrescentou que “esta edição reflecte a força do jazz como símbolo de emancipação, identidade e diálogo entre culturas. O evento situa-se no âmbito dos 50 anos da Independência Nacional”.
O músico moçambicano Jimmy Dludlu compartilhou que pela quarta vez actua no pais e esta é mais especial. O guitarrista apelou aos admiradores para participarem da grande festividade do Jazz.
“O jazz significa um meio de transmissão de mensagens para mobilizar as pessoas acerca da paz, amor, esperança, resistência e depende da intenção do artista”, defendeu Jimmy Dludlu.
Sobre a conservação do estilo musical, o artista é de opinião que se avançou muito e tem repercussão pelo continente africano.
Por seu lado, o americano Steve Carrington, que toca pela segunda vez no evento realizado pelo Resiliart Angola, valorizou o intercâmbio entre músicos e culturas.
Steve Carrington também realçou a importância da interacção entre artistas emergentes e consagrados. “Se você não se conecta com os mais velhos, perdes uma parte vital na conservação e preservação do jazz e nos seus avanços”, referiu.
O Internacional Jazz Day Angola tem vindo a ganhar prestígio e dimensão. No ano passado três mil espectadores estiveram na Baía de Luanda com a presença da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
A 30 de Abril é comemorado o Dia Internacional do Jazz, data proclamada pelas Nações Unidas em 2011, para destacar o Jazz e o seu papel diplomático de unir as pessoas em todos os cantos do mundo.