O Fórum Mundial sobre Educação defendeu a integração da Inteligência Artificial e da Educação sobre o Clima nos currículos escolares para que as crianças tenham um processo de aprendizagem alicerçado acerca das alterações climáticas. 

Realizado em Londres nos dias, 19 e 22 de Maio, o evento contou com a participação de uma delegação angolana integrada pelos secretários de Estado para a Educação Secundária, Gildo Matias José, e para o Ensino Superior, Eugénio Silva, em representação das titulares dos seus pelouros.

Segundo uma nota de imprensa da Embaixada de Angola no Reino Unido da Grâ-Bretanha, Irlanda do Norte e Irlanda, durante os debates, os participantes convergiram sobre a integração tecnológica, a aplicação da realidade virtual e da Inteligência Artificial na educação, pois ajuda os alunos a absorver melhor os conhecimentos sobre a natureza.

No evento, o director para a Monitorização da Educação Global da UNESCO, Manos Antoninis, apelou ao incremento do diálogo a nível dos decisores políticos para a mudança de paradigma, visando uma educação mais focada nas alterações climáticas com soluções para a mitigação do fenómeno climático que o mundo enfrenta.

O responsável da UNESCO realçou, com preocupação, que os conteúdos verdes são mais comuns na educação superior do que na educação secundária, mais nas disciplinas de ciências do que nas áreas sociais.

Por sua vez, o ministro da Educação do Senegal, Mustapha Guirassi, e a ministra de Estado para a Educação Primária e Massiva, Rumana Ali, advogaram escolas resilientes face aos problemas ambientais, com destaque para as alterações climáticas.

Defenderam a necessidade de uma transformação sistemática baseada na juventude face aos fenómenos mundiais e numa educação inclusiva.

“O Senegal reconhece que existe, de facto, em África investimento na Educação, mas os resultados, às vezes, não são frutíferos, porque falta um ensino enraizado nos valores espirituais tradicionais africanos, como a generosidade”, afirmaram os responsáveis. 

Concluíram que urge implementar a Educação Verde nos currículos, de forma transversal em várias disciplinas do ensino primário. 

No segundo dia do Fórum Mundial da Educação que, se encerrou essa quarta-feira, a delegação angolana também centrou suas atenções na plenária sobre “o aprimoramento de práticas ligadas à alocação de fundos, planificação e identificação de prioridades no ensino”.