Presidente da República galardoado pela Rede de Mulheres Africanas

Por
Bienal
24 Outubro 2024

Presidente da República galardoado pela Rede de Mulheres Africanas

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, foi premiado pelo seu empenho na capacitação das mulheres em África e nos esforços pela pacificação da República Democrática do Congo, numa avaliação da Rede de Mulheres Africanas.

Na cerimónia de abertura do Fórum de Alto Nível das Mulheres da Região dos Grandes Lagos, que decorreu nos dias 18 e 19 de Outubro, no Hotel Intercontinental, o Chefe de Estado recebeu a placa distintiva, fazendo-se fotografar ao lado de mulheres notáveis de África como Sahle-Work Zewde, ex-Presidente da República Federal Democrática da Etiópia; Ellen Jonhson Sirleaf, ex-Presidente da República da Libéria e Prémio Nobel da Paz 2011, e Amina Mohammed, Secretária Geral Adjunta das Nações Unidas, entre outras.

Um fórum regional de alto nível de mulheres do continente africano, focado na crise na região dos Grandes Lagos, com realce para a República Democrática do Congo (RDC) decorreu, sexta-feira e sábado, em Luanda, numa iniciativa do Presidente de Angola, João Lourenço.

O evento incidiu sobre o fortalecimento da participação e liderança das mulheres nos processos de paz e segurança na RDC e na região dos Grandes Lagos.

O fórum, facilitado pela União Africana, através do Gabinete do Enviado Especial para Mulheres, Paz e Segurança, visou promover o diálogo e a colaboração, assim como alcançar uma implementação holística e eficaz da "Agenda Mulheres, Paz e Segurança", integrando as perspectivas de género nas políticas e programas na região.

A União Africana reconhece que a participação e liderança das mulheres devem ser consideradas um elemento primário na busca pela paz e segurança no continente, em reconhecimento à importância das mesmas como parceiras iguais na paz, segurança, governação e desenvolvimento sustentável.

"A participação das mulheres deve aumentar não apenas em número, mas na qualidade das contribuições para a paz e a segurança na região dos Grandes Lagos", defende a União Africana, num comunicado publicado no seu Site, tendo acrescentando que a situação de segurança nos Grandes Lagos teve efeitos devastadores sobre as mulheres e meninas.

A União Africana vai avaliar a contribuição das mulheres para iniciativas de pacificação, identificar lacunas e oportunidades para a sua participação significativa, assim como desenvolver estratégias para melhorar o envolvimento e a sua liderança em iniciativas de paz regionais em andamento, para além de identificar maneiras pelas quais as mulheres podem apoiar o Processo de Paz de Luanda.

Os resultados do fórum apontaram caminhos para aprimorar uma abordagem sistemática, holística e coesa sobre questões de género em todas as situações de segurança.

A Agenda Mulheres, Paz e Segurança apresentou uma abordagem abrangente para a integração do género na paz e segurança para garantir a participação das mulheres na prevenção e resolução de conflitos e reconstrução pós-conflito.

A enviada especial do presidente da Comissão da União Africana sobre Mulheres, Paz e Segurança, Bineta Diop, ressaltou o compromisso da organização continental em garantir que as vozes das mulheres sejam ouvidas e levadas em consideração, na prevenção de conflitos e na construção da paz.

 

FOTO: Bineta Diop 

A "Agenda Mulheres, Paz e Segurança" é uma abordagem de integração de género que visa promover a inclusão das mulheres como participantes activas na manutenção da paz e garantir a sua integração de perspectivas de género na agenda de paz e segurança aos níveis nacional, regional e continental.

O fórum reuniu delegados de 12 Estados-membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), ministros de género ou seus representantes, membros da Rede de Mulheres Líderes Africanas, da FemWise África, do Conselho Consultivo da "Agenda Mulheres, Paz e Segurança", assim como representantes do Mecanismo Regional de Supervisão da Paz e Segurança e das comunidades da África Oriental e de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O fórum contou, igualmente, com a presença de representantes de agências do sistema das Nações Unidas, chefes de missões diplomáticas, representantes de instituições religiosas, académicos, entre outros.

O Terceiro Fórum Africano de Alto Nível sobre Mulheres, Paz e Segurança (WPS), realizado em Dezembro do ano passado, recomendou uma maior atenção às crises na RDC e na região dos Grandes Lagos, tendo solicitado ao enviado Especial da União Africana para Mulheres, Paz e Segurança que apoiasse iniciativas destinadas à promoção do papel das mulheres nas iniciativas regionais de construção da paz.

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