Ministro da Cultura destaca papel do Jazz na transformação do mundo
Luanda - O ministro da Cultura, Filipe Zau, disse que o Jazz vem se tornando na esperança de um mundo cada vez mais solidário, onde a concórdia, o espírito democrático e a unidade entre diferentes deixa de ser uma utopia e se torna uma prioridade concreta.
O governante falava na 14ª edição do Festival Internacional de Jazz, realizada na quarta-feira, 30 de Abril, em Luanda, pelo Projecto ResiliArt Angola, iniciativa que resulta da parceria entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a American Schools of Angola (ASA) e o Governo de Angola, através da Bienal de Luanda.
No Shopping Fortaleza, local que albergou a presente edição do festival, o ministro disse que a universalidade das sete notas musicais viabiliza, através do jazz, um diálogo intercultural tão necessário à paz, ao respeito mútuo e à cooperação entre os povos.
Filipe Zau afirmou que o propósito maior do jazz é, entre outros, unir comunidades, escolas, artistas, historiadores, académicos para que a cada ano se aprenda sobre as suas raízes africanas, o seu futuro e, o impacto cada vez maior que apresenta a nível do planeta.
Conforme o ministro, o desejo de uma crescente harmonização em todo o mundo é também uma aspiração dos angolanos.
Por seu turno, o director regional da UNESCO para a África Central, Salah Khaled, considerou data dedicada ao jazz, além de uma celebração musical, um convite ao encontro, à escuta, à liberdade de expressão e ao diálogo entre os povos, porque, para si, é sobretudo uma linguagem universal de paz e dignidade.
“ A convicção de que a cultura é um veículo essencial para a paz, é a mesma no cerne da colaboração entre a UNESCO e a República de Angola, através da Bienal de Luanda, Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-violência”, afirmou o responsável.
“Desde a sua primeira edição, em 2019, a Bienal estabeleceu-se como um espaço único de diálogo, reflexão e acção. É um lugar onde se encontram as vozes de chefes de Estado, jovens, artistas, pensadores, mulheres e homens empenhados na construção de uma África de paz, solidariedade e um futuro”, referiu.
Frisou ainda que a Bienal de Luanda é a materialização concreta do que o jazz ensina, como a escuta do outro, a improvisação colectiva, o respeito pelas diferenças e a capacidade de criar um conjunto em harmonia.
A 14ª edição do festival internacional do jazz decorre sob o lema “ressonância da liberdade”, no quadro dos 50 anos da independência de Angola, a assinalar-se a 11 de Novembro próximo.
O festival está a ser animado por artistas de Angola, dos Estados Unidos da América e da Coreia, trazendo uma fusão de diversas culturas.
O evento conta, entre outros, com a presença de membros do Executivo Angolano, da UNESCO, da Bienal de Luanda, do Corpo Diplomático Acreditado em Angola, entre outros.