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Por
Bienal de Luanda
30, Março 2023

Nadir Tati

1. Você pode se apresentar ?

Eu sou a Nadir Tati, angolana vivo em Luanda mas sou o que se costuma dizer uma cidadã do mundo. Sou criadora de moda, criminologista e gosto muito de musica.

 

2. O que o levou a trabalhar na moda?

Senti em algum momento a necessidade e responsabilidade de olhar para a moda neste caso a moda africana em particular. Sempre fui muito atenta as necessidades da mulher africana em especial a mulher angolana que durante um periodo ficou abandonada. Mulheres que os homens partiram muito cedo em defesa de um pais que estava na altura em guerra. Falar da mulher angolana é falar de uma mulher especial de uma mulher guerreira, mãe e sobretudo uma mulher atenta. Nas mulheres busco a verdadeira inspiração para a maioria dos meus trabalhos. Nos ultimos anos tenho dedicado uma especial atenção a linha masculina. Procuro o factor identidade. Gosto de ver um homem bem vestido mas acima de tudo um homem que conhece as suas raizes, a sua cultura e a sua historia. Quando vestimos transmitimos todos estes valores e aí construímos o nosso próprio estilo.    

 

 

3. A moda pode desempenhar um papel na promoção da “cultura da paz”?

A moda é um factor essencial para o nosso desenvolvimento e bem estar. Precisamos sempre de vestir assim como precisamos de nos alimentar e ter saúde. Falar da cultura da paz implica falarmos de nós como verdadeiros seres humanos com direitos e com deveres. Falar em paz significa carregar toda uma responsabilidade em tralharmos para um só objectivo. A promoção do que vestimos carregada de um espirito vitorioso e de paz ajudanos a crescer. A moda deve fazer parte da economia e do desenvolvimento de um pais. Mudadmos de roupa uma ou duas vezes por dia então deve existir uma protecção ao maximo para esta necessidade de um povo. Devem estar criadas as condicoes para o desenvolvimento deste sector. Elevar a nossa bandeira ao mais alto nivel internacional.

“A moda é um factor essencial para o nosso desenvolvimento e bem estar.”

 

 

4. Você é uma artista reconhecida - também vestiu os atletas angolanos durante os Jogos Olímpicos de Tóquio - que conselhos daria aos jovens artistas que gostariam de viver desta profissão?

Trabalhar em moda exige muita disciplina. Tenho trabalhado com o objectivo de elevar o nome de Angola alem fronteiras. Internacionalmente temos conquistado bons resultados e conseguimos dispertar a atencao do mundo.  Os Jogos Olímpicos foi um palco de uma verdadeira exposição a nível mundial Tivemos outras como Londres, Oscares em Holywood com rachel do Congo para a nomeção, de melhor filme estrangeiro, Berlim, Macau , Italia e outros paises que conhecem e aplaudiram a nossa representação.

Aos novos talentos o meu conselho é nunca desistam dos vossos sonhos. Disciplina e foco. E possível trabalharmos e atingirmos a excelencia mas primeiro temos que acreditar em nós!

 

 

5. Na sequência da pandemia COVID-19, a UNESCO lançou a “ResiliArt”, um movimento global que visa apoiar os artistas e garantir o acesso à cultura para todos. O que se poderia fazer para apoiar os artistas (sobretudo os mais jovens) durante este período particularmente difícil?

E de louvar. Todas as iniciativas de ajuda ao crescimento dos jovens é sempre muito bem vinda. Precisamos urgentemente de escolas para os pequenos artistas e toda a gestão controlada das actividades por e eles     
desenvolvidas e desta forma contribuir para o crescimento dos futuros líderes.

 

 

6. Que mensagem(ns) você gostaria de transmitir à comunidade artística africana e às diásporas?

Quero apenas dizer que a paz é um bem que supera qualquer barreira. No meu trabalho eu encontro a minha paz , o meu equilíbrio e sobretudo a minha paz interior. Vamos trabalhar unidos rumo a paz. Preciso desta voz a voz que por meio do trabalho representa milhares de pessoas milhares de jovens de cabinda ao Cunene.

Obrigada.

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